As ações de combate à desigualdade buscam promover a inclusão de populações que tiveram, de alguma forma, seus direitos e oportunidades limitados. A educação é considerada um direito social capaz de mudar esse cenário. Por isso, o ato de educar é visto como ferramenta fundamental para o alcance desse objetivo.
Essencial para garantir uma qualidade de vida digna a todas as pessoas, a educação tem sido utilizada como métrica do desenvolvimento social de um país. Isso a colocou no centro de diversos debates.
O acesso ao conhecimento de qualidade torna uma pessoa consciente de sua participação na sociedade e amplia seu acesso ao mercado de trabalho, ou seja, ensinar é promover cidadania.
Entretanto, falar de educação e inclusão social vai além do que apenas a definição de um espaço (sala de aula) e um determinado período de tempo para a promoção do ensino.
Uma sociedade inclusiva deve educar seus jovens e adultos tendo consciência da realidade de vida de cada um, em especial quando esses indivíduos se encontram em algum grupo que passou por um processo de exclusão.
Uma estratégia por trás da educação
Considere a questão de um jovem com necessidades especiais. O processo de educá-lo em uma escola não pode se limitar a uma diretriz que não abraça a realidade na qual ele está inserido. É preciso tanto pensar estrategicamente o sistema de ensino para esse indivíduo, como preparar o educador para que ele esteja capacitado para ensiná-lo.
Além disso, quando inserido em um espaço de convívio com outras pessoas da mesma idade, o jovem deve poder participar de todas as atividades a eles destinados.
Esse processo pode ser realizado com a ajuda de terceiros, mas deve preservar a independência do indivíduo para se alcançar a inclusão de fato.
Tal exemplo apenas ilustra a necessidade de se pensar a educação inclusiva e realizar o acompanhamento de crianças e jovens que possam sofrer algum tipo de exclusão. Isso deve ser feito sem que o indivíduo seja visto como uma “perturbação” para escolas e professores.
Importante dizer que a inclusão não se limita a pessoas com necessidades especiais. Vítimas de abuso ou em situação de vulnerabilidade por causa de sua etnia, crença, condição social e orientação sexual também são incluídos nesse caso.
Pensar o ensino com base na realidade de cada um e fazer o acompanhamento necessário não é simples. Entretanto, essa é uma atividade necessária para alcançar o desenvolvimento do país.
Educação e crescimento social
O nível de educação de um país é também um indicador de sua produtividade e crescimento econômico. O Brasil ainda é um país que amarga uma realidade com altos níveis de desigualdade social e com um índice de 4,1% de extrema pobreza.
O acesso à educação é capaz de transformar essa realidade. Ela permite que pessoas em estado de exclusão sejam reinseridas na sociedade e possam alcançar autonomia para a geração de renda.
Desse modo, é por meio do ato de educar que se pode promover a equidade de oportunidades que combate a desigualdade e contribuir para o desenvolvimento econômico do Estado.
Como é promovida a educação inclusiva?
Embora existam políticas públicas que garantem o acesso de jovens e adultos à educação, elas não são o suficiente para assegurar a implantação de um ensino realmente inclusivo.
Nesses casos, a figura do educador social se faz essencial para o desenvolvimento das estratégias que buscam a ressocialização de indivíduos em situação de exclusão. O profissional atua ao lado de organizações do terceiro setor para promover a educação inclusiva.
Uma instituição que se destaca nessa atividade é a
Legião da Boa Vontade (LBV), que conta com escolas preparadas para atender alunos com diferentes necessidades. Com a missão de educar e capacitar os jovens e adultos, a LBV tem sido parte essencial desse ecossistema de inclusão por meio da educação.