Embora as ações voltadas para a sustentabilidade, as práticas sociais e a governança tenham ganhado destaque no mundo corporativo atual, a agenda
ESG ainda precisa superar muitos obstáculos para estabelecer mudanças significativas em toda a sociedade.
O foco do mercado atual é alinhar seus processos para garantir que parte dos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) sejam alcançados até 2030. Ao mesmo tempo, questões socioambientais tomam conta das discussões empresariais, em decorrência dos perigos cada vez maiores do aquecimento global e do aumento do custo de vida.
O público consumidor também está atento a esse debate, dando preferências para produtos socialmente responsáveis. Isso significa que negócios que estão de acordo com as temáticas ESG estão se destacando.
Quer saber quais são os pontos de atenção mais relevantes dessa agenda neste ano? Então confira o conteúdo a seguir com alguns dos principais desafios a serem superados:
Controle de impacto ambiental
Alinhar sua marca às ações ambientais tem sido a principal estratégia das empresas no momento de melhorar a imagem junto aos consumidores. Entretanto, embora muito discutido, o tema ainda precisa evoluir.
A expectativa é que cada vez mais organizações realizem o controle da emissão de carbono na atmosfera. O gás é um dos principais causadores do efeito estufa e, sem sua manipulação correta, o meio ambiente continuará a sofrer fortes impactos.
Gestores mais atentos já notaram que os danos ambientais causarão graves perdas a longo prazo. Por isso, agir agora é necessário e o termo compliance ambiental vem se popularizando: na prática, seria um conjunto de condutas que toda empresa deveria cumprir.
Digital a favor do ambiental
Ainda quanto à questão ambiental, ocorre o debate sobre o uso exacerbado de materiais, principalmente o papel, em empresas de todos os setores. Nesses casos, a digitalização tem se mostrado como a solução. Arquivar documentos em formato virtual diminui o volume de itens físicos e reduz os impactos ao planeta.
Há ainda novas tecnologias que prometem automatizar processos, controlar a produção de resíduos e oferecer dados atualizados sobre a produção um negócio. Com elas, tem sido possível criar estratégias cada vez mais focadas na proteção do meio ambiente.
Consumo consciente
O consumo descontrolado vem se tornando uma pauta de preocupação para o mercado em geral. Entender como realizar tal atividade de forma consciente é o objetivo de muitos gestores que abraçam a agenda ESG.
O conceito de economia circular tem sido visto como a principal alternativa para esses casos. Trata-se da adaptação de modelos de negócio de modo a priorizar o uso de recursos recicláveis ou renováveis.
Diversidade em foco
Trabalhar a diversidade dentro de seu time de colaboradores não tem sido mais visto pelas empresas como uma obrigação sem benefícios. Cada vez mais os gestores percebem o valor de um time com diferentes pontos de vista. Algumas pessoas até mesmo priorizam organizações com foco nesse tema quando procuram por uma vaga no mercado de trabalho.
Entretanto, continua a ser debatido como o mercado pode fazer isso de maneira eficiente e proporcionar oportunidades iguais a todos.
É o caso da questão da equidade salarial para os gêneros. Dados do
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) ressaltam que as mulheres ainda ganham cerca de 21% a menos que homens. A expectativa é, quanto antes possível, reverter esse quadro.
Governança alinhada à ética
Apesar da relevância dos outros postos da sigla ESG, o tema da governança é um visto como um dos principais desafios do ecossistema corporativo no Brasil. Em meio a escândalos de corrupção e promessas não cumpridas, diversas organizações estão com sua imagem pública danificada.
Cada vez mais tem sido cobrado que as empresas tenham um plano de ação realmente eficiente de prestação de contas e divulguem com clareza os dados de seu negócio. Construir uma relação de confiança com todas as partes interessadas é uma questão que ainda muitas corporações não colocam como prioridade.
Cidades menos congestionadas
Quando o assunto da agenda ESG passa para o setor público, se entra em um debate cada vez mais intenso: o do aumento do fluxo de veículos em grandes cidades. O fato é que o alto volume de congestionamento urbano preocupa órgãos administrativos de todas as regiões.
A principal solução seria aprimorar ideias e planos que melhorem a mobilidade da população. Além de diminuir o número de carros nas ruas, os benefícios de tal atitude também são altos para o meio ambiente. Entretanto, esse ainda é um tema discutido sem um plano de ação concreto, embora o desejo de muitos envolvidos seja o de melhorar a qualidade de vida de todos.