As ações de combate à desigualdade buscam promover a inclusão de populações que tiveram, de alguma forma, seus direitos e oportunidades limitados. A educação é considerada um direito social capaz de mudar esse cenário. Por isso, o ato de educar é visto como ferramenta fundamental para o alcance desse objetivo.
Essencial para garantir uma qualidade de vida digna a todas as pessoas, a educação tem sido utilizada como métrica do desenvolvimento social de um país. Isso a colocou no centro de diversos debates.
O acesso ao conhecimento de qualidade torna uma pessoa consciente de sua participação na sociedade e amplia seu acesso ao mercado de trabalho, ou seja, ensinar é promover cidadania.
Entretanto, falar de educação e inclusão social vai além do que apenas a definição de um espaço (sala de aula) e um determinado período de tempo para a promoção do ensino.
Uma sociedade inclusiva deve educar seus jovens e adultos tendo consciência da realidade de vida de cada um, em especial quando esses indivíduos se encontram em algum grupo que passou por um processo de exclusão.
O nível de educação de um país é também um indicador de sua produtividade e crescimento econômico. O Brasil ainda é um país que amarga uma realidade com altos níveis de desigualdade social e com um índice de 4,1% de extrema pobreza.
O acesso à educação é capaz de transformar essa realidade. Ela permite que pessoas em estado de exclusão sejam reinseridas na sociedade e possam alcançar autonomia para a geração de renda.
Desse modo, é por meio do ato de educar que se pode promover a equidade de oportunidades que combate a desigualdade e contribuir para o desenvolvimento econômico do Estado.
Uma estratégia por trás da educação
Considere a questão de um jovem com necessidades especiais. O processo de educá-lo em uma escola não pode se limitar a uma diretriz que não abraça a realidade na qual ele está inserido. É preciso tanto pensar estrategicamente o sistema de ensino para esse indivíduo, como preparar o educador para que ele esteja capacitado para ensiná-lo. Além disso, quando inserido em um espaço de convívio com outras pessoas da mesma idade, o jovem deve poder participar de todas as atividades a eles destinados. Esse processo pode ser realizado com a ajuda de terceiros, mas deve preservar a independência do indivíduo para se alcançar a inclusão de fato. Tal exemplo apenas ilustra a necessidade de se pensar a educação inclusiva e realizar o acompanhamento de crianças e jovens que possam sofrer algum tipo de exclusão. Isso deve ser feito sem que o indivíduo seja visto como uma “perturbação” para escolas e professores. Importante dizer que a inclusão não se limita a pessoas com necessidades especiais. Vítimas de abuso ou em situação de vulnerabilidade por causa de sua etnia, crença, condição social e orientação sexual também são incluídos nesse caso. Pensar o ensino com base na realidade de cada um e fazer o acompanhamento necessário não é simples. Entretanto, essa é uma atividade necessária para alcançar o desenvolvimento do país.Educação e crescimento social
