Como fazer um plano de aula eficaz? Essa é a pergunta que muitos educadores se fazem diariamente.
Um plano de aula bem estruturado é a chave para o sucesso do processo de ensino-aprendizagem. Ele garante que seus alunos recebam um conteúdo de qualidade e que você, professor, tenha mais segurança e organização em sala de aula.
Neste artigo, vamos mostrar como fazer isso, passo a passo, e apresentar um método exclusivo para a elaboração de planos de aula de forma rápida, simples e eficaz.
Sumário
O que é um plano de aula?
Um plano de aula é essencialmente um roteiro detalhado que guia o professor ao longo das atividades educativas. Ele organiza o conteúdo, estratégias de ensino-aprendizagem e avaliação, servindo como um mapa para navegar através das complexidades do ensino diário.
Quem segue uma carreira na área da educação já deve ter se deparado com o assunto e possivelmente saiba quão fundamental é essa ferramenta para o processo educacional.
Importância de um plano de aula bem elaborado
Um plano de aula bem pensado não apenas melhora a gestão do tempo em sala, mas também adapta as metodologias às necessidades dos alunos.
Este planejamento é vital para uma avaliação contínua e eficaz do processo de aprendizagem, garantindo que cada lição contribua para os objetivos educacionais mais amplos.
O plano de aula inclui:
- Objetivos de aprendizagem;
- Conteúdo a ser ensinado;
- Estratégias de ensino;
- Recursos didáticos;
- Critérios de avaliação.

Passo a passo para elaborar um plano de aula eficiente
A seguir, separamos 7 etapas que fazem a diferença na hora de montar um plano de aula completo e prático:
1. Definição dos objetivos educacionais
Definir objetivos claros e mensuráveis é o primeiro passo. Estes objetivos devem estar alinhados com as competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), ou com currículos, garantindo uma aprendizagem focada e direcionada.
- LEIA TAMBÉM: O que é BNCC? Entenda tudo aqui
2. Seleção e organização do conteúdo
Selecionar e organizar o conteúdo de maneira lógica é essencial. Isso não só assegura que o material é adequado para o nível dos alunos, mas também que há uma progressão natural no aprendizado.
4. Escolha das estratégias de ensino
Adotar estratégias de ensino que incentivem a participação dos alunos é essencial. Isso pode incluir uma variedade de abordagens, desde discussões em grupo até aprendizado baseado em projetos, atendendo aos diferentes estilos de aprendizagem.
Alguns exemplos de estilos de aprendizagem a serem incluídos são:
- Visual: alunos que aprendem melhor através de imagens, gráficos e vídeos.
- Auditivo: alunos que aprendem melhor ouvindo explicações e participando de debates.
- Cinestésico: alunos que aprendem melhor através da prática e da experimentação.
Ao elaborar um plano de aula que contemple cada estilo de maneira diversificada, você estará promovendo a inclusão e garantindo que cada educando aproveite melhor o seu potencial, ao passo que você também estará ministrando aulas mais dinâmicas e envolventes.

5. Planejamento das atividades didáticas
Desenvolver atividades que reforcem o conteúdo e facilitam a aplicação prática dele é fundamental. Busque sempre incluir atividades que permitam aos estudantes aplicar o conhecimento adquirido e fixar o aprendizado.
6. Definição dos recursos didáticos
Identificar e organizar os recursos didáticos necessários antecipadamente permite que as aulas transcorram mais suavemente. Os recursos podem incluir livros, vídeos, jogos, materiais impressos, entre outros. Utilize recursos variados para enriquecer a aula e torná-la mais interessante para os alunos.
7. Estabelecimento dos critérios de avaliação
Definir como os objetivos de aprendizagem serão avaliados é tão importante quanto os próprios objetivos. Isso envolve criar instrumentos de avaliação que sejam coerentes com as atividades realizadas. Utilize diferentes recursos, como provas, trabalhos, apresentações, entre outros.
Como incluir alunos com diagnóstico?
Incluir alunos com diagnóstico em um plano de aula requer atenção especial. É importante conhecer as necessidades individuais de cada educando e adaptar o plano de aula para atender a essas necessidades.
Adaptando o conteúdo e as estratégias
A adaptação do conteúdo e das estratégias de ensino é muito importante para a inclusão eficaz. Os educadores devem considerar ajustes que respeitem as capacidades e limitações de alunos com necessidades especiais, garantindo que o material seja acessível a todos.
Isso pode incluir o uso de tecnologias assistivas, como softwares educativos que leem textos em voz alta para estudantes com dificuldades de visão, ou materiais adaptados, como livros em Braille ou vídeos com legendas para alunos com deficiência auditiva.
Além disso, estratégias como o ensino diferenciado e atividades de aprendizagem personalizadas podem ser implementadas para atender a diagnósticos variados e diferentes estilos de aprendizagem dentro da mesma sala de aula.
A importância de um ambiente inclusivo

Criar um ambiente de aprendizado inclusivo vai além da mera adaptação de materiais. É sobre fomentar uma cultura de respeito, aceitação e apoio mútuo entre todos.
Um ambiente inclusivo não só beneficia os alunos com necessidades especiais, mas enriquece a experiência educacional para toda a escola.
Isso envolve educar sobre diversidade e inclusão, promovendo atividades que incentivem a colaboração e o entendimento mútuo, e garantindo que todos os alunos se sintam valorizados e capazes de contribuir.
Integrando escola, família e especialistas
A colaboração entre a escola, as famílias e profissionais especializados é vital para o sucesso da inclusão. Estabelecer uma parceria forte com os pais e responsáveis permite que os educadores entendam melhor as necessidades domésticas e os desafios que os indivíduos enfrentam fora da escola.
Além disso, trabalhar com especialistas, como psicólogos educacionais ou terapeutas ocupacionais, pode proporcionar insights valiosos e estratégias específicas que ajudam a otimizar o processo de aprendizagem.
Esta abordagem integrada garante um suporte abrangente e adaptado, cumprindo com o papel da educação na inclusão social e aprendizado de todos.
Método exclusivo da LBV para a elaboração de planos de aula
Você já imaginou ter acesso a um método exclusivo para criar seus planos de aulas, aplicando tudo isso que destacamos acima, e em pouco tempo se tornar uma referência de ensino em sua escola?
A Legião da Boa Vontade (LBV), com mais de 75 anos de experiência na área socioeducacional, disponibiliza sua metodologia própria de ensino a todos que queiram utilizá-la. Chama-se MAPREI-LBV, uma abordagem inovadora que transforma a educação de maneira simples e inclusiva, adequada para educadores em qualquer estágio de sua carreira.
O que é MAPREI-LBV?
O acrônimo MAPREI representa o “Método de Aprendizagem por Pesquisa Racional, Emocional e Intuitiva”, que destaca sua abordagem integral ao processo educativo.
Ele é inspirado na proposta pedagógica criada pelo educador José de Paiva Netto, presidente da LBV: Pedagogia do Afeto (direcionada às crianças de até 10 anos de idade) e a Pedagogia do Cidadão Ecumênico (que contempla a aprendizagem para a faixa etária a partir dos 11 anos).
Com base nisso, o MAPREI-LBV foi desenvolvido, em 2005, por educadores da Instituição, em São Paulo/SP, e desde então é aplicado com sucesso nos mais de 70 Centros Comunitários e Assistência Social da LBV, nas suas 5 escolas (Brasília/DF, Belém/PA, Rio de Janeiro/RJ, Curitiba/PR e São Paulo/SP) e na sua escola técnica, em São Paulo/SP. Além disso, também norteia o trabalho das unidades autônomas do exterior (Buenos Aires/Argentina, Lambare/Paraguai, Montevidéu/Uruguai, Newark/EUA).

As 6 etapas facilitadoras do método próprio da LBV
A implementação do MAPREI-LBV é facilitada através de seis etapas estratégicas que auxiliam você a estruturar as aulas de maneira eficaz e engajadora:
1ª Etapa — Identificação do conteúdo / Mobilização:
Nesta etapa, o professor apresenta e contextualiza o tema que será estudado, mostrando por que é relevante e como ele se relaciona com o dia a dia dos alunos. Assim, desperta-se a curiosidade e o interesse inicial pela investigação.
2ª Etapa — Busca individual / pesquisa
Com o tema em mente, cada aluno realiza pesquisas e reflexões por conta própria, recorrendo a diversas fontes (livros, internet, entrevistas, observações etc.). Aqui, valoriza-se a bagagem prévia e a intuição do estudante, incentivando-o a formar suas primeiras impressões e hipóteses.
3ª Etapa — Socialização
Depois da busca individual, chega o momento de compartilhar as descobertas com os colegas. Cada estudante discute os achados, o professor vai introduzindo os conteúdos que possui sobre o tema e, assim, promovem-se debates, enriquecendo o entendimento de todos e estimulando a empatia e o respeito às diferentes opiniões.
4ª Etapa — Produção coletiva
Imagine ver seus alunos trabalhando juntos para construir algo verdadeiramente significativo. Agora é o momento no qual os alunos precisam trabalhar em grupo, aprendendo e desenvolvendo a habilidade de colaborar e respeitar a opinião do outro.
5ª Etapa — Apresentação de resultados
O trabalho construído é apresentado para a própria turma ou para outros públicos (outras turmas, família, comunidade). Essa etapa reforça a comunicação, a desenvoltura e o domínio do tema, além de valorizar o esforço conjunto.
6ª Etapa — Conclusão individual
E para fechar as 6 etapas facilitadoras, agora é a chance de internalizar conhecimentos e aplicá-los em sua vida cotidiana, fazendo conexões profundas e permanentes entre o aprendizado em sala e suas experiências diárias.
Como aplicar o método próprio da LBV?
Se você quer realmente entender como essas etapas se transformam em aulas dinâmicas e impactantes, convidamos você a conhecer o curso Planos de Aula na Prática — Método da LBV em Ação.
Este curso não apenas detalha cada uma dessas etapas, mas também oferece exemplos práticos, vídeos demonstrativos e uma ferramenta de preenchimento fácil que auxiliam a implementação do método.
Com esse curso, você aprenderá a:
- Elaborar planos de aula criativos de forma ágil e eficaz;
- Utilizar metodologias que engajam os alunos;
- Adaptar seu plano de aula facilmente para alunos com diagnóstico;
- Avaliar o aprendizado dos alunos de forma justa e coerente;
- Se tornar referência de ensino dentro de pouco tempo.
E muito mais!
Esta é uma oportunidade única de não só melhorar suas habilidades pedagógicas, mas também de fazer uma diferença significativa na vida dos alunos e na sociedade por completo!
Crédito da imagem de capa: Freepik.